terça-feira, 28 de março de 2017

Cinza Cinza

Acordo e penso se
Tudo ainda é do mesmo
Jeito

Eu reluto e penso se
Tudo ainda se encaixa
No mesmo eixo

Existem certos tipos de pensamento
Que podem ser fatais
Eu mergulho em águas fundas
Procuro peixe em águas rasas
Pra não me forçar demais

Eu olho para o celular
Eu penso em te chamar
Eu desvendo enigmas
Impossíveis de desvendar

Entre paredes de carne
Acontece uma revolução
Eu me mato
Eu me estrago
Tentando achar solução

Verbos entrelaçados entre laços
De emoção
Receio o passado perdido em união
A inveja levou pessoas
Que me tinham como opção
Todos me acham corruptos
Mas o corrupto destrói minha compaixão

Fui traído por olhos que um dia
Me olharam e juraram lealdade
Olhos que também me corrompem
Entre passados que enchi de beldade

Dou um gole no uísque pra ver se cubro esse mar de falsidade
Reparo nos termos, reparo meus erros, separo mentiras e descubro verdades

Como uma ave que voa sem se preocupar
Como um dia que nasce frio
Mas tem o sol pra vir esquentar

Como um rio que de grandezas
Cai em alto mar
Se perde, vai e volta
Se mistura com outras canções
Que outros piratas vão cantar

Deixo a tristeza me sucumbir
Deixo meu navio afogar
Pra depois eu ver o quão forte eu sou
Pra eu conseguir nadar

Quero sair e viver
Mas sobrevivo em alto mar
Morro de saudades
De dias que não irão voltar
A ira me pira e me faz alucinar

Viajo a selva em que vivem os celtas
Derrubando Deuses que se julgam bons
Convivi com depressões, julguei meus erros
Mas sempre emergi errado nos tons

O único remédio
Se esconde em nossos corações
Deixe que tua mente
Seja conquistada
Pelo
Amor