terça-feira, 26 de abril de 2016

Ad Infinitum

Quando me repouso
Entre maciez e molas
Fecho as cortinas
Das janelas para minha alma
E me sinto elevar
Mas...
Para onde os sonhos vão, quando você está acordado?

Entre parentes perecendo
E entre desilusões
De espadas encravadas
Nos peitos dos meus mais queridos semelhantes
Junto as palmas e peço para a mais querida entidade
Mas...
Para aonde as preces vão, quando não são respondidas?

Alternações entre fogo e abismo
Sucumbir ou resistir
Acender ou escurecer
Queimar ou sobreviver
Escolhemos o satisfatório
Matamos o que derrete nossa armadura
Mais preciosa
Mas...
Para onde as chamas vão, quando são apagadas?

Funerais e cigarros
Lágrimas e bebidas
Sangue e ódio
Traçando caminho para o desconhecido
Vagando entre treze ou infinitas dimensões
Crença é a única que acerta no resultado
O céu da boca do inferno
Mas...
Para aonde as almas vão, quando não vivem?

A raiz de todo o mal
As rodas que você viaja
A saúde do próximo
Ou a morte dos inimigos
Todos ou nenhum
Mas...
Para aonde os desejos vão?

Da joia que se junta ao osso
Ao velório em que a divisão é soma
Ou os chifres que os animais carregam
Por causa do ser que só complicou
Ou nas idades em que lápis é ferramenta
São alguns meses pro céu sucumbir
Mas...
Para aonde o amor vai, quando ele já acabou?


A cura e a solução residem no objeto que só nossa espécie criou
A resposta pra todas as doenças está na equação que apenas o sapiens calcula
O resultado não é você quem decide


O tempo é mais do que nossa régua; é o nosso reino

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