quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Nobis

lamento, nessa hora
pelo Amor que
sinto aqui

Sentimentos diversos
que se juntam e
formam Uma nova só
Sensação


desespero na Hora de
Tragar o Cigarro e
sentir o coração
bater errado

ansiedade que Não Se toca mais
erros Constantes de caligrafia
pois essa Vaga mente
Ocupada e preocupada com O
que há de vir
procura no escuro
Um começo em Cada lugar

Tenho Medo Do futuro



mas não do que ele Vai me trazer
nem do Que ele vai me Fazer
mas do Que ele pode ser
Será que aquele Cheiro
será que Aquele toque
quer reciprocidade nas suas aparições?

ou Devo me afastar e Me
extravasar em outras Direções?


aliás

porque que o cigarro
não tem seu gosto?
ou a bebida
tem seu álcool?
a resposta deita sobre meu peito
a resposta descansa no óbvio
o óbvio que todo mundo sabe
e que todo mundo


um vício que alivia minhas dores
uma droga que corrigi meus erros
que me levanta
que me conforta
que me faz voar
alto
nas nuvens

em pleno planar
sob efeito desse
calor

em alto relevo
ela sente
meu único quadro

com o toque
tão suave
que corre
pelo meu
corpo
Inteiro

estremece meu coração
vibra a minha emoção
ameniza a ansiedade
inibe todos os medos
bloqueia toda a preocupação
apenas
com o teu
toque

calmaria que ela traz
desnorteia com teus lábios
me ilumina com teus olhos
me dança com teu corpo
me instiga com tua voz
a ter mais
a tomar mais
dessa droga
a morder mais
dessa fruta

e como vinho
bebo-a
devagar
para que nenhum pingo sequer
caia fora dessa reluzente taça
esplêndidas noites
que passamos com
copos e piteiras
como distrações
mas mesmo
o que me saciava
era teu doce
leve
calmo
brisante
alucinante
presença

cada detalhe em seu museu
cada episódio que nós tivemos
nossa intimidade com
nosso calor com
nossa vontade
de nós

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Saudades Póstumas

se o meu leito
de morte
não for eterno
não quero morrer nunca
  porque mesmo em outra vida
continuarei
com saudades
de você

E dos seus beijos
E do seu calor
E dos seus olhos
E da sua pele
E do seu sorriso
E do seu cabelo
E do seu cheiro
E do seu abraço
E do seu amor
E do seu toque
E das suas covinhas
E de você
por inteira

Metades

E como todas as noites, quentes com seus lençóis e frias com suas solidões.
Cigarros apagados contam minutos em décadas, e os olhos lacrimejam com a insônia que se jaz aqui.
Minha mente oscila entre planos de dormência e vida.
Coloco à mão sobre o peito e sinto meu coração bater e, por um momento, sou real.
A janela trincada mostra o mundo respirando do lado de fora daqui, dessa casa tão familiar, com as almas dos entes queridos ainda cantando e dançando pela sala. Bato palmas de leve para ver como é sentir a sensação da realidade.

O sol ainda
Raia teu olhar
Enquanto nasce no teu
Próprio ritmo e
Em teu horizonte tão
Belo

Essa cama fica maior sem você aqui, e eu nunca gostei de lugares grandes. Estranha e desconfortável sensação de esticar as mãos e não te encontrar. Dolorido é adormecer sem o teu suspiro.

Frias noites
Sem seu toque
É sinônimo de
Tortura
Para minha
Alma

Quebra cabeça que
Se monta sozinho
Com cada peça em seu devido lugar
Teu beijo me vicia mais do que
Qualquer droga
Teu abraço me esquenta demais
Teu toque me conforta
E tira
Meus medos e
Afasta o
Temporal

Quando chove
Tua chuva
Que me esquenta
E me sacode
Me estremece

Acordar do seu lado
Olhar você dormir
Qualquer coisa contigo
É privilégio para mim

Minha vida não passa de roteiro sem a tua direção