terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Fogo

O ecoar.
O ecoar do velho coração.
Dos mesmos lençóis, da mesma canção.
O vultos que sempre passam.
Os tempos que sempre voltam.
O mar das mesmas praias.

A melodia da mesma canção.
Nos versos de cada refrão em que se encontra a solidão.
Nos sonhos da mesma reação,
Que é causada pela mesma razão,
Que sempre atordoa o coração.

Que sempre é derramado ao chão.
A beleza de cada emoção,
Expressa em cada fração de segundo,
Em que vivemos em vão.

Como as coisas podem ser engraçadas,
Assustadoras e frágeis.
Como os pássaros que voam pelo tempo sem ao menos,
se preocupar com a estiagem.

Como os sonhos na garrafa que fora derramada.
A alma com o amor tão puro, agora violentada.

Pela mão infiel.
Pelo sonho do céu.
Pelo amor como fel.

Nas profundezas do oceano.

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