quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Mente Antagonista

Às luzes escuras.
Ao vidro opaco,
E a parede transparente.
Ao mundo de cabeça para baixo.

Ao submergir, vemos o mundo.
Ao aperto de mãos, a amizade.
Ao abraço, a eternidade.

O quarto preto.
O silêncio,
Que ecoa.
O último suspiro,
Para o mundo imaginário.

À face molhada,
Pela água salgada,
Derramada pelas luzes.
As luzes escuras.
As antagonistas.

O ilúcido, antelúcido lúcido.
A palavra inexistente no púlpito.
À sombra imaginária que senta no pé da cama.
Ao desejo solidário que voa longe de mim. De você.
No ébrio, onde o sóbrio se afoga.

No terrível sentimento da angustia, de angustia.
Solidão que boia, vida que se esvai por ora.
O medo inexplicável. As imagens que torturam.
As lembranças de morte, e a chuva silenciosa..

A mente antagonista.
Da história mal escrita.
Do inimigo íntimo.
O que restou foram os sacos.

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