sou o avião que
cai em pesar
sou o fardo que
te sobrecarrega sem avisar
sou a lente que
te enxerga sem avistar
sou a mente que
te come sem abalar
sou a luz que
te nega sem exagerar
sou o mar
que te leva sem caminhar
a onda que
te molha sem enxaguar
e seca sem aquecer
e nega sem dizer
o sol que
te ilumina sem escrever
e te abandona sem escurecer
sou a vida que te
vive sem imaginar
como seria um mundo aonde
os ricos comem na mão
e os pobres manobram comendo
os restos que as mãos deixaram
e que as vidas andam bebendo
o puro prazer de pensar
em ter uma pessoa pra amar
e apenas esperar pra chamar
e esperar para ser
e crescer para ver
que a bola faz a física
a água faz a química
e você faz a filosofia
a filosofia da sociologia
integrada em ondas irreais
com estímulos mentais
que vivem o sol de
cada dia
o sol que aquece sem brilhar
e mata sem tocar
o suspeito perfeito
a parede que tomba sem desmoronar
o amor que ama sem magoar
é o mesmo que magoa sem amar
e o mesmo que afoga sem saber nadar
o calor que abafa o peito
ao pensar em fotos impossíveis
é o calor que queima a razão
e quebra o silêncio
você
ao pensar no impossível
as vezes é uma folha de papel
as vezes é um líquido irrelevante
as vezes é um processo mirabolante
matemático e estressante
ou um trabalho
enjoante
com pupilas
arrogantes
que vigiam a noite e protegem o dia
é alucinante
quero sabe aonde que leva
aquele horizonte pitando de azul
quero saber aonde que dá
o infinito negro que roda do norte ao sul
queria achar um jeito de realizar os meus sonhos mais impossíveis
queria achar um jeito de me expressar com as palavras mais irreversíveis
aquelas que desenham árvores no coração
aquelas que moldam a essência da alma
aquelas que apagam a velha canção
aquelas que desgastam a mais nova calma
e um jeito de expressão aonde tudo é normal
sem surpresas nem alarmes
e sem tropas com estandartes estampados em seus peitos
ou flores com estandartes que balançam com o vento
e sem músicos com estandartes que afinam uma canção
tocando o instrumento da redenção
da solidão
quero viagens com longa duração
e amigos que cobrem o vazio do coração
com bebidas que acalmem o ritmo da batida
que bombeia o fundamental para nossa diversão
e mentes que compreendem a sua insanidade
aonde todos ficam a vontade
e sem mais
nem menos
a rua para a eternização
"Erlebnisse: as experiências positivas e/ou negativas que sentimos profundamente e que, através dessas, vivemos." Gosto de escrever meus pensamentos e sentimentos em forma de poema. Não sou o melhor escritor do mundo, nem pretendo ser, mas metáforas são lindas e são uma boa forma que eu encontrei pra me expressar. Bem vindos:
quarta-feira, 29 de abril de 2015
sexta-feira, 17 de abril de 2015
Eles
As vezes eu sinto viajar na solidão
Que me foi deixada pelas mesmas mãos
As mesmas mãos que selaram o destino na compaixão
Destino
Como sentir que eu não controlo minha própria vida
Meu próprio fazer
E tudo esta programado
A acontecer
Como voar
Em um sonho sem fim
Ou como cair
Em um pesadelo tão horrível assim
Faço perguntas com respostas que não quero ouvir
Respondo questões que só fazem os outros rir
Me embebedo com simples sentimentos
Me machuco com coisas que nunca senti
Me acho perdido em lugares que nunca vivi
Em lugares em que eu já estive
Em lugares aonde só eu posso estar
Eu me perco sempre quando vou explorar
As falhas do meu amor
As imperfeições do meu calor
Os erros da minha dança
O mal da minha criança
Que ainda vive em mim
Vejo os sorrisos
EU sinto as pessoas
Eu sinto o céu
E eu sinto o calor do sol
Eu mais uma vez me senti vivo
Como se eu pudesse finalmente respirar o ar
Eu me sentia livre
Eu me sentia completo
Como o sol, que não tem deus algum
Eu morria mais a cada vez que me curavam
Eu me perdia a cada vez que me encontravam
Eu me esvaia a cada vez que me revelavam
A cada vez que me olhavam
São apenas corpos que quebram
Que me foi deixada pelas mesmas mãos
As mesmas mãos que selaram o destino na compaixão
Destino
Como sentir que eu não controlo minha própria vida
Meu próprio fazer
E tudo esta programado
A acontecer
Como voar
Em um sonho sem fim
Ou como cair
Em um pesadelo tão horrível assim
Faço perguntas com respostas que não quero ouvir
Respondo questões que só fazem os outros rir
Me embebedo com simples sentimentos
Me machuco com coisas que nunca senti
Me acho perdido em lugares que nunca vivi
Em lugares em que eu já estive
Em lugares aonde só eu posso estar
Eu me perco sempre quando vou explorar
As falhas do meu amor
As imperfeições do meu calor
Os erros da minha dança
O mal da minha criança
Que ainda vive em mim
Vejo os sorrisos
EU sinto as pessoas
Eu sinto o céu
E eu sinto o calor do sol
Eu mais uma vez me senti vivo
Como se eu pudesse finalmente respirar o ar
Eu me sentia livre
Eu me sentia completo
Como o sol, que não tem deus algum
Eu morria mais a cada vez que me curavam
Eu me perdia a cada vez que me encontravam
Eu me esvaia a cada vez que me revelavam
A cada vez que me olhavam
São apenas corpos que quebram
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Sempiterno
existem dias que os tabuleiros
mudam de cor
existem horas em que os ponteiros
marcam o tempo da dor
existem dias em que os morteiros
lançam confetes de cor
de sangue, de amor
de dor
existem segundos em que os olhos
passam pelo inferno e voltam
agradecendo ao resto do dia que chegou
existem beijos que selam
e outros que enganam os olhos do amor
existem olhos que piscam
e marcam o laço da infidelidade e do pavor
existem aves que voam
para um lugar que se desconhece o perigo
e sobre tudo o que falam é de amor
amor
palavra tão errada
e tão leal
pronúncia tão universal
direito tão limitado
e garantido pelo metal que cravamos no osso
pelo metal tão falso
pelo metal tão brilhante
e é esquecido a razão
que tal palavra veio a existir
não por anéis
não por burcas
não por atitudes
mas por amor
amor por amor
olhares fitados
corpos entrelaçados
solidões tão distantes
muito mais que anéis
muito mais que burcas
muito mais que atitudes
mais por amor
até quando moldaremos a natureza para exibir a evolução
até quando mataremos as presas que só caçam em prol de sua geração
até quando colocaremos diamantes
e couro
e unhas
e dentes
e ossos
e pele
e sangue
e cabeças
e patas
e braços
e pernas
em materiais tão naturais
a solidão se manifestou
as lágrimas caem em monte
eu perdi o que mais valia
eu perdi minha família
eu me sinto incompleto
eu me sinto escasso
eu não me sinto mais
amado
apenas beijos em vão
abraços em vão
corpos em vão
que sentiram meu calor
degustaram do meu gosto
e partiram para o horizonte
em busca de outras razões
de outros gostos
e as belezas que importam
já não se interessam pelas minhas
as belezas da personalidade
pois se a beleza dos olhos azuis reinasse esse mundo
os deuses estariam mortos
mudam de cor
existem horas em que os ponteiros
marcam o tempo da dor
existem dias em que os morteiros
lançam confetes de cor
de sangue, de amor
de dor
existem segundos em que os olhos
passam pelo inferno e voltam
agradecendo ao resto do dia que chegou
existem beijos que selam
e outros que enganam os olhos do amor
existem olhos que piscam
e marcam o laço da infidelidade e do pavor
existem aves que voam
para um lugar que se desconhece o perigo
e sobre tudo o que falam é de amor
amor
palavra tão errada
e tão leal
pronúncia tão universal
direito tão limitado
e garantido pelo metal que cravamos no osso
pelo metal tão falso
pelo metal tão brilhante
e é esquecido a razão
que tal palavra veio a existir
não por anéis
não por burcas
não por atitudes
mas por amor
amor por amor
olhares fitados
corpos entrelaçados
solidões tão distantes
muito mais que anéis
muito mais que burcas
muito mais que atitudes
mais por amor
até quando moldaremos a natureza para exibir a evolução
até quando mataremos as presas que só caçam em prol de sua geração
até quando colocaremos diamantes
e couro
e unhas
e dentes
e ossos
e pele
e sangue
e cabeças
e patas
e braços
e pernas
em materiais tão naturais
a solidão se manifestou
as lágrimas caem em monte
eu perdi o que mais valia
eu perdi minha família
eu me sinto incompleto
eu me sinto escasso
eu não me sinto mais
amado
apenas beijos em vão
abraços em vão
corpos em vão
que sentiram meu calor
degustaram do meu gosto
e partiram para o horizonte
em busca de outras razões
de outros gostos
e as belezas que importam
já não se interessam pelas minhas
as belezas da personalidade
pois se a beleza dos olhos azuis reinasse esse mundo
os deuses estariam mortos
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