Eu não quero sair de casa
Eu não quero ficar parado
Eu só quero abrir minhas asas
Voar por aí despreocupado
Planar pelos ares sem esse fardo
Que eu carrego
De um passado
Que não tem
Fim
Do mesmo lugar eu saio
No mesmo lugar eu caio
Se vôo, acabo que falho
Multidões entre a gente
A gente entre multidões
Só mais um rosto
Só mais um gosto
Entre todas as nações
O escuro do quarto
Me enegrece e me abraça
Me envolve e me lassa
Com a chuva destes rios
Tão castanhos
Solidão não se define
De solidão e esquecimento
Sentimos tudo aqui dentro
E nenhuma palavra mais, sai
Um dia eu fui amor
Outro dia eu fui paixão
Hoje eu sou ninguém
Não me restou nem coração
Apenas pedaços de uma rosa
Que hoje só me dá espinhos
Cresce feliz o meu jardim
Mas foi-se embora
O meu
Adubo
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