quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Alma Desesperada

Tudo que retruco
Retruco em prosa

Tudo que desabafo
Desabafo em ultrarromantismo

Tudo que escrevo
Porém
É em Rondel

As vezes deixo os pensamentos ecoarem
E deixo as pessoas falarem
O quanto elas quiserem
Sobre a situação

Até hoje me arrependo
De ter enfiado minha alma numa garrafa vazia
E ter embebedado um porcento a mais de um mendigo qualquer

Lembro de quando eu tentei sonhar
Com os sonhos mais comuns
E tudo o que eu pude imaginar
Foram asas quebradas e uma garrafa vazia de rum

Lembro de quando eu pude ouvir de novo
As vozes dos devaneios
 -Não fique aqui

Lembro de quando eu pude estudar
Todas as coisas que se moviam
E pude ver o tempo parar
Entre sorrisos quebrados
Olhares embaçados
Celulares, focados
Câmeras e luzes
Reações e capuzes
Pude aprender sem perguntar
E entender sem ter que falar
Um a

Deixei tudo pra você
Até as desconsiderações
E até a lista que você escreveu
Pra eu poder ser seu

Não consegui escapar
Desaparecendo
Nem consegui resgatar
Me importando demais

Eu me preocupei demais
E isso foi problema
Eu perguntei demais
E isso foi problema
Eu quis demais
E isso foi problema
Foi o que eu podia dar
Foi como eu consegui imaginar
Foi a lista que eu segui
E só seguindo essa lista
Consegui me libertar
Você que escreveu

E eu que queimei

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