Tenho a sensação
De que me tiram do lugar
Que me fazem piorar
E estremecem cada vez mais
As cordas
Que já são bambas
As vezes consigo sentir tudo
E as vezes não consigo ouvir nada
Me preocupo com o que está além
Luto para estar bem
Mas essas batalhas são em vão
Soldados correndo dispersos
Com suas armas na mão
Atiro e tiro o alvo do lugar
Situação propícia a piorar
Tenho que ficar calmo quando preciso extravasar
Objetivos se perdem
A caso já foi arquivado
A cerveja me anseia e o energético me adormece
Ruas cinzas com listras brancas
Escasso acalento que me deixa frio
Como cadáver
Assim como dias que tem que chover
Existem dias em que não se faz sol
Noites que o sono foge
E a solidão não molha quente o lençol
É como se nada mais fizesse sentido, é como se nada mais existisse por um propósito
Acho que eu estou ficando doente, cheio de paranóias e sem formar pensamentos coerentes
Desrealização mental
Aonde o mais comum
É a lembrança do abismo
Dia incolor
Ponteiros que
Marcam dor
Chuva que
Chove mal
Trazendo lembranças
Do dia
Em que tudo se foi
Sem nem um tchau
Os porquês
Foram as únicas perguntas
Que restaram aqui
Daqui a pouco
Eu não vou ter mais
Para onde ir
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