quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Sol Invernal

Notas quebradas tocam o som de
Uma melodia distante
Ecos agudos soam gravemente
Como uma aberração irritante

Não há mais para onde fugir
Não há mais como se esconder
Chovem cacos e
estes são vermelhos

angustiadas noites claras
bagunças que não foram resolvidas
o futuro não se decide
  Aonde ele vai começar
É aonde tudo isso termina

Pessimismo em simples fluxos
Me atordoam sem viver
Só quero uma vida livre
De todo esse prender

Perdi histórias que
Nunca pude
Terminar
Pelo simples fato
De eu me importar

Se apareço, incomodo
Se sumo, me desloco
Se me escondo, estou fugindo
Se cuido, eu sufoco

Se gosto, eu acredito
Mas se luto, eu sou fraco
Se tento, é porque quero
Mas confuso, eu perco o foco

Se eu agarro, é porque vale
Se eu fico, é porque quero
Se me arrisco, é porque amo
E se eu levanto, depois da queda, é
Porque
Consegue
Me fazer
Ver o arco-íris
Depois de tanta
Chuva

superficial
tudo é tão bobo
tudo é tão perfeito
Que chega
a ser
  triste

no outro dia, tomei
  meus remédios

no outro dia,
me dediquei ao
futuro

no outro dia
me achei
  na névoa

no outro dia
eu pude ver
no escuro
  um leve brilho
de luz

no mesmo dia
senti calor
e no mesmo dia
senti frio

Gelo que queima
Fogo que alivia
Todo pesar que eu carrego
Desse fardo tão molhado

E foi-se
E volta
E vai
E volta
E vai

E foi

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