terça-feira, 1 de novembro de 2016

Tenho tudo; você não quer nada

Tenho meus copos
Tenho minhas máscaras
Mas qual é o propósito
Se não revelo
Minhas caras?

Talvez seja essa a razão
Máscaras que escondem a
Sensação
Mas quer máscaras que provem
Quem eu ainda tenho
Coração

Meu nível de sensatez
Minha jaula de solidão
Me trancam em uma sala
Que faz jus a essa prisão

Por mais que eu odeie aceitar
Por mais que eu queira gritar
Tenho medo de borrar
A tinta dessa canção
Que eu escrevi
Com tanta atenção

Sinto que minha história
Não faz sentido nesse mundo
Que minha tinta
Não borra esse sentido
Taciturno
Enquanto contemplo
Templos e esquinas
Penso em você
Em cada avenida

Nunca vou prender
Sempre vou amar
E talvez seja essa a canção
Que nunca vai curar

A ferida que nunca vai se abrir
É a mesa que eu nunca vou jantar
Porque me orgulho com aquela
Que me traz a sensação
De simplesmente
Sentir

Teu toque é distante
Teus lábios
Desejantes
Seu abraço
Bem longe
Me faz delirar
Anseiar
Pela sua presença

Porque que eu
Ainda tenho que ser
Seu
Segredinho?

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