Talvez meus olhos
Não enxergam mais a luz
O contraste das plantas
Já perderam seu verde
Seu mato, sua erva
Sua essência tão
Madura
O chão se desfaz
Some
Se exala
Se consome
Quando caímos em
Um buraco sem fundo
Não sabemos como
Nos levantar
Ou levamos as pedras
Ou as comemos no jantar
Mas o gosto, aquele
Cheiro com aquele
Espelho
Sempre está lá
O devaneio pode ser perigoso
A mente se esconde no poço
De todas as lágrimas
Aquelas que choraram
Por descansar
Num dia, o cinza
No outro, o âmbar
Quem dirá
Despedaçar
Envolver
A beleza da mente te
Faz desenvolver
As estrelas do universo
Os milênios dos avessos
Perdido sem nenhuma mão
Encontro a solidão
E nem ela me quer
Então, em vão
Sigo cantando a canção
Os sons, o conto de ninar
A razão
Que cogita sobre o porquê
Minha cama estar sozinha
No amanhã
Um dia eu encontrarei
Meu sol da manhã
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