Eu poderia parar de olhar para estas fotos, eu poderia.
Eu poderia parar de mentir para os espelhos, para os relógios. Eu poderia.
Eu poderia me esforçar mais, eu poderia ir atrás; a pé, mas eu irei.
Eu poderia parar de mentir para os espelhos, para os relógios. Eu poderia.
Eu poderia me esforçar mais, eu poderia ir atrás; a pé, mas eu irei.
Eu garanto que um dia ainda vou olhar nos olhos que consertaram a minha alma, que ainda vou abraçar a figura que assola a minha mente, que entra sem permissão. Ir atrás do sonho que aparenta impossível, do sonho que me consome. A cidade vira seu rosto, o meu pensamento se infesta de você, as minhas mãos agora trêmulas, o meu suor agora escorre, a solidão agora grita.
Não, não caia. Levante! Surja! Cresça, faça! Está lá, pegue-o! Vamos vamos! O tempo me empurra, o meu fardo agora se faz pesado. As suaves batidas nas teclas do piano são audíveis; a música, reconhecível. Memórias agora rodeiam o local em que me encontro. O súbito choro, a súbita realidade, cai sobre mim. A esperança faz as malas, o passado bate na porta.
Apenas por um momento, eu pude sentir a felicidade. Eu pude sentir o real me tocar, eu pude sentir o sangue fluir, o coração bater, a mente pensar; por você. Como o feixe de luz que me fez acordar, como o frio das sombras que se fez sentir, como o triste viveu feliz para sempre.
Agora, o que era vivo, foi-se. Vejo ali a vida escrevendo meu nome na lápide, enquanto ando por esses frios lugares, onde a terra não se sente, onde as nuvens são de metal, onde as pontes não existem, onde os trens descarrilham.
Maçanetas invisíveis do tempo; portas abertas do passado.
Apenas por um momento, eu pude sentir a felicidade. Eu pude sentir o real me tocar, eu pude sentir o sangue fluir, o coração bater, a mente pensar; por você. Como o feixe de luz que me fez acordar, como o frio das sombras que se fez sentir, como o triste viveu feliz para sempre.
Agora, o que era vivo, foi-se. Vejo ali a vida escrevendo meu nome na lápide, enquanto ando por esses frios lugares, onde a terra não se sente, onde as nuvens são de metal, onde as pontes não existem, onde os trens descarrilham.
Maçanetas invisíveis do tempo; portas abertas do passado.
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