quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Tentação Súbita

Uma conversa que não ia a lugar nenhum, foi quando você surgiu. Sentou-se ao meu lado, e me alegrou só de estar presente ali comigo. Foi no primeiro olhar, nas primeiras palavras que eu pude perceber que aquele momento era precioso; guardei-o na minha biblioteca mental.
Nunca pôde ver meus sinais? Nunca pode ver meus olhares? Os olhares que eu trocava contigo?
Causa perdida. Duvidosamente me atirei na correnteza, esperando poder nadar contra ela. Foi nos esforços de meus braços batendo contra a água, que eu vi sua mão se estendendo para me ajudar. Foi daí que percebi que eu poderia ter conseguido realizar o que eu achei que sempre daria certo. A vida não é o que eu esperava.
Eu pude ver você sumindo pela névoa que rodeava os céus, me impedindo de vê-los. A tempestade veio, e eu esperando por você. Eu via os trovões acertando os animais, eu ouvia os gritos misericordiosos pedindo ajuda, eu ouvia os troncos caindo, o inferno subindo; eu ouvia o além.
Depois do coma você ainda volta para me visitar, me dando flores e chocolates, como se a tempestade já tivesse passado. Não passou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário