sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A Vislumbre Mentira

Impossível, o impossível me abateu. Lembro-me de andar pela ponte que me levava ao meu destino, e que ao lado dessa ponte estava, por um tempo, o objetivo do meu coração. Lembro de esperar meu vício chegar enquanto encostava na cerca me deparando com figuras desconhecidas -algumas medonhas- que passavam ao meu lado; iam e voltavam, iam e voltavam. Ficando ali naquele lugar me fazia refletir sobre as engrenagens que giram a roda do tempo, sobre as mãos que movem a vida, sobre as pernas que caminham o mundo; tudo corria pela minha mente pra frente e pra trás, atrás de um cigarro. Ali, os braços do tempo já quebravam a hora, os braços que faziam eu me mover, momentaneamente. Degraus e mais degraus, suor e mais suor, tudo dentro d'uma camisa do Megadeth e d'uma jaqueta de couro. Incrível como eram os sentimentos que me despertavam na realidade, sentimentos bons e seguros. Foi em um piscar de olhos em que eu consegui desatar o nó que você tinha atrás da cabeça, e então, pude ver sua máscara cair aos meus pés; e você momentaneamente esfaqueando meu coração. Momentaneamente o gradiente da vida me leva para longe de mim. Momentaneamente.

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