sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Eterno Amor

eu nunca conheci alguém
como você
eu te amo mais que tudo
não tem como descrever

me desculpe por ser assim
as vezes tão...
inexperiente
saiba que eu te amo mais que tudo
mais do que pode imaginar a mente

eu sinto por você
um amor inimaginável
que te quer para sempre
e quer te beijar para sempre
e pra sempre, meu amor
é só o começo

pude até te decepcionar
pude até de magoar
mas saiba que
com você, pra sempre
eu quero ficar


eu já falei tudo isso
mas tudo isso significa
que eu te amo
pra sempre
e sempre
e sempre

você é meu tudo
e eu sou seu
pra sempre, juntos, sempre seremos
uma linda canção, você&eu

pensando em nós dois
o universo só compadeceu
eu e você, juntos
tudo sempre se esclareceu

me perdoe por ser sempre assim
juro que nunca mais o farei
pra sempre seu, serei

nada, nem ninguém
vai nos separar
nada nem ninguém
vai nos fazer sofrer
nada, nem ninguém
vai nos reatar
sou seu, e você é minha
para sempre

para sempre

para sempre

eu sou tua taça, és meu vinho
eu sou teu céu, és meu azul
eu sou tua estrela, és meu brilho
eu sou teu caminho, és minha luz
eu sou teu sentido, és minha nuca
eu sou teu paciente, és minha cirurgiã
eu sou tua vida, és meu coração
eu sou teu corpo, és meu sangue
eu sou tua matéria, és meu átomo
eu sou teu ser, e tu me possui
eu sou teu teclado, és minhas teclas
eu sou teu papel, és minha escrita
eu sou teu lápis, és meu grafite
eu sou tua caneta, és minha tinta
eu sou tua bebida, és meu álcool
eu sou teu cigarro, és meu tabaco
eu sou teu astro, és minha terra
eu sou a doença, és minha cura
eu sou o detetive, és meu caso
você é o que me completa
você me deixa vivo
você me traz paz

só existe você
você é meu mundo
quando a lua beija o sol
é aí que muda tudo

a distância se esvai
a tristeza vai embora
quando meus lábios tocam os teus
minha alma nunca chora

eu te amo mais que tudo
e, me diga, porque demora?
pros dias chegarem, cê sabe
pros dias em que você nunca mais vai ir embora

me desculpa se eu fui assim
me perdoe se eu te magoei
nunca tive a intenção
e nunca, nunca, nem planejei


vem ficar comigo pra sempre
eu não vivo mais sem você
eu te quero mais que tudo
não consigo mais não te ver

eu sou os lábios, és meu beijo
eu sou o abraço, és meu calor
eu sou o mundo, és minha salvação
eu sou o escuro, és minha luz
eu sou o olho, és minha cor
eu sou o nada, és meu tudo
eu sou o fim, és meu começo
eu ou a mão, és meus dedos

mesmo se não consegui resumir
pra tudo isso, tem um resumo
pra mim você é tudo
e, para sempre
será meu rumo

eu te amo a cada dia mais
isso, não dá pra negar
eu te quero a cada dia mais
ai de quem contestar


eu te amo
e esse é o poema
que eu escrevi pra você
com todo o amor e carinho

eu não sei escrever bem
mas esse poema veio
do fundo do meu coração
como eu nunca, NUNCA
escrevi pra ninguém

Eu te amo mais que tudo, meu amor
Nunca, NUNCA duvide disso
eu te amo
eu te amo
eu, te, amo
EU
TE
AMO
AMO
AMO
AMO
AMO
AMO

Isso é incontestável
não da pra contradizer
o que sinto por você
é mais do que se pode sentir, ou viver

mesmo com todas as palavras
ainda não deu pra descrever
como é grande, colossal
o meu amor por você

qualquer palavra que intensifique
'colossal' ou 'sempiterno'
não vai conseguir descrever
nem um pedaço, nem um milésimo
do que sinto por você

é grande
é imenso
é épico
é enorme
é indescritível
é imensurável
é sim, eterno
é sim
é sim, pra sempre
é sim
o que sinto por ti
eu te amo mais que tudo
e isso
NUNCA vou negar
meu amor
com você
e só você
pra sempre, pra SEMPRE
eu vou ficar

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Lua

olhar teus olhos
tão distantes
sentir teu calor
tão desejante
ouvir sua voz
tão mágica
só me faz
te querer
mais e mais

tão próximos
mas ainda, tão distantes
dois diamantes
como um só

naquela noite tão quente
na qual te conheci
pude te ver e ouvir
e por todo tempo, eu sorri

tão cedo, mas tão lindo
e devagar, vamos indo
como uma linda paisagem na Finlândia
aonde as auroras tão serenas
se juntam com as estrelas tão brilhantes
teu olhar, tua voz
tudo tão alucinante

beijos molhados
abraços apertados
olhos fixados
em teu tão lindo semblante

joia rara
guardada em meu coração
juntos vamos compondo
uma incrível linda canção

degrau pro degrau
de mãos dadas, sem pressa
devagar chegaremos
aonde a lua beija o sol

lua da minha vida
és meu astro, e eu, sou tuas estrelas
és meu astro mais lindo
que ilumina minha noite inteira

no pior momento
você veio me salvar
por meio de um pensamento
você trouxe a paz pra cá

to louco pra chegar o dia
em que teu perfume vai ficar na minha roupa
ansioso pra viver os dias
em que meus lábios só encontram tua boca
cair no envolver dos teus abraços
ficar no acalento dos teus braços
sentindo teu corpo tocar o meu
correr os meus dedos pelo rosto teu
fixar a ternura dos teus olhos nos meus

esses dias chegarão
com todo o zelo do amor
em noites frias, qual for o dia
dividiremos nosso calor

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Conectar

tão alados
os raios do sol
são fardados
em mi bemol

tristes
para aqueles que
ficam para trás
decadentes
para aqueles que
não voam em paz

em dias quentes
os raios são cinzas
em dias frios
a nuvem não pinga

nem uma gota de chuva
pra lavar o que são
nem um raio ardente
pra acalmar a situação

nesse universo
nesse tudo
nesse vácuo
só a paz é a lei

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Paz Perdida

olhos
que chovem

bocas
que entristecem

sorrisos
que enegrecem

semblantes
que esmaecem

memórias
de um passado
mais justo
mais limpo
mais bonito

corações
que se perdem
em um mundo
tão sem cor
tão estúpido

em uma justiça
tão inválida

pessoas que se foram
passado que se esqueceu
palavras que se calam
gritos de uma guerra
que nunca se esclareceu

brigas de irmãos
em braços que não existem
em palavras que não condizem
em frutos que não existem
num mundo que apodreceu

em uma triste história
de uma terra que se esqueceu

olhos
que sofrem
que refletem
uma história
que se escondeu

são todos amigos
todos unidos
todos brigando
pelo que nunca aconteceu

tantos dias
que eu nunca entendi
o que houve
ou porque estava ali

tantas lutas
que perdi
tantos passados
que esqueci
tantas pessoas
que deixei
tantos amigos
que magoei
tantos presentes
que recusei
tantos olhos
que neguei
tantos abraços
que não dei
tantas mãos
que não juntei
tantos pedaços
que eu não recolhi
tantas verdades
que escondi
tantas mentiras
que esclareci
e nenhuma delas
estavam ali
tantas garrafas
que eu abri
pra esquecer
o que vivi
tantas vezes
que me escondi
porque não lembrei
do que estava alí
tantos degraus
que eu subi
para no topo
eu cair
tantas

eu vou te machucar
no final
fique longe de
mim

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Ilusão

Eu não vou deixar que
A chuva nos molhe por inteiro
Eu não vou deixar que
Os raios nos separem em letreiros

As corridas do clima
Os suspiros da alma
O tormento nos sussurros
A leveza da calma

São todos em si
Uma para a desalma
Sem nenhum sentimento
Sem nenhuma reação
Estamos todos sentados
Esperando a morte e sua solução

Aonde os medos se escondem
É aonde não tem chão
Sem lugar para a segurança
São só cacos em vão

Quando correm os relógios
Quando giram os ponteiros
As horas marcam os roteiros
Que serão queimados por inteiro

Sem pesadelo
Sem elogio
Sem consentimento
Sem vazio

Sem desespero
Sem paradeiro

Um organismo
Jogado fora em receio

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Obscura Negação

Ao sol que se esconde pela tarde
Ao céu que se fecha e chora pelo anoitecer
São memórias
E flores
São os ventos
Os que levam as dúvidas
Restantes

O passado pesa
Como uma bagagem para o outro lado
Monótono

Tem cheiro de morte
Tem cheiro de sangue
Você sente também

Um futuro tão brilhante
E um passado tão inquietante
São peculiaridades de cada lembrança
São catástrofes magníficas
Tão escuras
Enegrecem as nuvens
Choram os anjos
Morrem os Deuses
Sobem os fogos

No paraíso distante
Homens se tornam demônios

domingo, 9 de agosto de 2015

Solidão em ébrios tons

são alguns fantasmas
desvirtuados
dissimulados
do meu lado

ponteiros marcam
a pior hora
dos piores segundos
segundos
quebrados

abandone-me por realismo
esqueça-se do tchau
concentre-se no adeus

são ritmos
lentos
nítidos
pintados pelo ar
respirando tons
e absorvendo a felicidade

horários
só servem
agora
para marcar
a hora
que a lembrança
fez-se triste

as noites
são longas
e os dias
acordam cinzas
com o céu
chorando

a rotina
é a mesma
as almas
só envelhecem
e vão embora
passam longe

olheiras engravatadas
e ondas criptografadas
são avenidas engarrafadas
e bebidas derramadas

latas
fumaça
esqueiros
barbas
saltos
gravatas
gravatas

e eu
deixando a
vida me consumir
mais uma vez
pessoas pensantes
são infelizes

solidão
em ébrios tons

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Mentem

As vezes o melhor suspiro
Vem na noite fria
De pesadelos
As vezes o melhor motivo
Vem do seu pior lado

Quem sabe o seu pior lado
É o seu melhor

Tanta gente
Tangente
Que se fode
Menos que a gente

Tantos cofres
Tão pobres
Que sofrem
Sem seus
Bébes e comes

Tantos semblantes
Marcantes
Tantas idéias
Errantes
Tantos olhos
Falantes

Ficantes são
Os que ouvem aplausos
Antes da cortina fechar
Felizes são
Os que vivem sem sentir
Nem pensar

Amores violentos
Corações que batem lentos
Com seus beijos sem momento
E seus momentos sem beijos

Suas faces reais
Atrás de máscaras virtuais
Não são rostos leais
Mas mentiras em paz
Que só sabem machucar

Como diziam os bons
As mesmas mãos que te seguram
Também podem te soltar

Eu vi nós se desatando
E pessoas se acabando
Em bebidas, em pleno luar

Foi quando eu percebi
Que cada uma aceitou
Que um dia tudo acaba
E se vai tudo
O que
Passou

Mulher da Minha Vida

são as risadas
e teu sorriso
e teu abraço
confortante

teus olhos
penetrantes
com aquele rímel
marcante
e os lábios carnudos
e teu rosto
em todo o lugar
nos prédios
nas pessoas
nas memórias
e na mente

nos céus
ouço tua voz sussurrar
e nas nuvens
vejo teu rosto se formar

cada passeio de mão dada
cada tinta nessa estrada
que vamos caminhar
cada sonho
contigo
e cada abraço apertado
e cada passeio
tão seguro

meu latíbulo
e minha casa
doce beijo
e doce cantar
como aquele sol
na praia
relaxante
sinto o calor
nos teus braços
e abraços
e os laços
os brindes
e as histórias
que temos para contar

lembrando
como nós somos
e um dia
nos encontraremos de novo

a mulher
da minha vida

terça-feira, 7 de julho de 2015

Insônia?

Um dia desses
O travesseiro me entendeu
Foi como uma conversa de loucos
Entre pele e
Algodão

Ele me disse que
Se fosse pra chorar
Que não chorasse por amor
Foi confuso e solitário
Relutar sobre essa questão
Enquanto chupava o nariz

Não dava mais pra dormir
Não dava mais pra sorrir

Foi uma noite longa e
Confusa e
Solitária e insana

Não dormia
Não dormi
Não sorria
Só senti
Não chorava
Só perdi
Não dormia
Só morri

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Qualquer coisa I

As palavras
Consomem
A confiança
Do amanhã

O medo
Devora
A sina
Inteira

Os medos
Se jogam
Em buracos
E rios

Palavras
Ecoam
Desse coração
Vazio

A paz se vai
Como folhas no outono
Umas vão, outras nascem
Mas sempre, um DNA diferente
Uma marca
Uma cor
Uma 'cara'
Diferentes

Cigarros enrolados
Drinks destilados
Coração estilhaçado
Encontros marcados
Fuzis apontados
Lagers fermentados
Beijos molhados
Crianças com palhaços
Poemas com traços
De lágrimas
Sangue espalhado

Nada mais faz sentido

domingo, 5 de julho de 2015

"Youniverse"

eu vi a noite ficando clara
e o dia ficando cinza
é igual aqueles filmes de drama
aonde a imagem foi editada pra parecer
triste
e
fraca

o meu dinheiro já ta acabando
e eu não tô nem aí
mas eu deveria estar
todos estão

as músicas não me compreendem mais
o cigarro acaba me fumando
e a bebida acaba me
bebendo e
me consumindo
me embriagando
todos os dias

o ciclo da vida ta
me matando
mais que qualquer outro tipo de
coisa mortal

essa deve ser a minha vida menos favorita
das milhares que se passaram
pela mesma consciência
pelo mesmo universo
que o meu

aonde as pessoas vivem sem sentir
e eu sinto sem viver

faces e faces
enegrecidas
e tristes
com suas máscaras
tampando o verdadeiro núcleo
núcleo pulsante

todos trabalham
e carregam quarenta páginas dentro de
suas maletas
compradas com
seus dinheiros
suas notas
que os consomem

todos transam
uns até sentem medo
por terem gozado dentro na noite passada
naquele lance
de uma noite
no tal puteiro
que todos os amigos recomendaram

e se você parar para olhar
para o rosto
os olhos
de cada uma dessas pessoas
você verá
que elas aceitam

aceitam a nossa sociedade que já apodreceu faz milênios
aceitam que não voam mais
não se libertam mais
não sonham
é o ciclo da gravata
com seus ternos
e seus iates
e outros
com seus cães
e suas doenças

oh, sim
elas aceitam
que a merda foi parar no ventilador
e tá espalhada por aí
oh sim
eles sabem que não tá certo
mas mesmo assim, querem que se foda

pois é
essa deve ser minha vida menos favorita

aonde eles vivem sem sentir
e eu
sinto sem
viver

Erro

Você sabe, aqueles dias em que nada está certo
Apague antes de fumar
Pare antes de beber
É.. É o álcool, é o tabaco

É o escuro que apaga a luz
Na velocidade
Da luz

É o pior que acontece no melhor
No melhor
Momento

Como uma foda que dá errado
E aí vem o desespero
Mas não
Nada acontece

Você foi um dos sortudos

Um dos

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Vida Para Outros

o coração
é uma máquina com o poder
de destruir
e enganar
o próprio consciente

foram motéis
foram beijos
foram banhos
foram fodas
e horas e horas
na cama, no quarto

pedidos
lençóis
beijos
tapas
mordidas
chupões
tudo sem o medo
do amor

tudo sem a preocupação
de dormir com a mente em paz


o sol se esconde
revelando o céu como ele realmente é
as pessoas trabalham
os ponteiros
giram

a paixão queima
e queima cada milimetro da sanidade
e cada vontade
se vai com as cobertas
com o tabaco
com a nicotina
e cada pensamento flui
com cada letra
e cada palavra

vamos embora
agora

e não me tolero mais
não acordando
e sabendo que
a vontade de te ver
vem a tona a cada segundo que tento não me apegar
mais e mais

a cada virada do ponteiro
em cada passo que dou
em cada táxi que pego
é teu rosto que vejo
na janela
no reflexo
das poças
dos vidros
das janelas
de cada prédio nessa cidade
nesta insanidade
nestes pensamentos

cigarros e cigarros
transas e transes
mentes que mentem
sentidos sentidos
bocas que escutam
olhos que falam
e cada chama que destrói
cada mensagem que se vai
cada SMS
cada onda do WiFi
são esperanças
que tudo acontecerá de novo
e de novo
e mais uma vez

procurando nos lixos
nos becos e nos vícios
uma maneira
de poder sorrir
apenas uma gota
de poder ser feliz

não chorar
não escrever
apenas sentir
querer
poder

pensamentos voam longe
em cada esquina, uma imagem nova
em cada sina, um pecado escrito em prosa
mandamentos
e confissões

lençóis
a sós
cobertos de suor
e corações
cobertos de calor

são
apenas
momentos


para uns

e uma vida inteira
para outros

domingo, 28 de junho de 2015

Depressão I

O pior momento na depressão
É quando a mente mente
Pra gente

O pior momento na relação
É quando o beijo de despedida
Se torna o último

O pior tormento da criação
Foram os sentimentos

Sentimentos
Sentidos lentos
É o pior dos
Sentidos lentos

A ponta da faca
O rasgo da pele
O sangue da veia
O grito do tendão
Se dissipando
E dizimando
A sanidade

O pior momento pra uma mente sã
É o fim da felicidade
Que faz perder toda a sanidade

Memórias da vitalidade
E da saúde de pessoas próximas
São perdidas em insanidade
E encontradas em histórias póstumas

O pior anel
Que foi amarrado em meu osso

O pior momento em uma vida
É se afogar enquanto em chão
É cair enquanto agir
Desmoronar enquanto construir
Morrer sem ter achado a solução
Para ser feliz
Pelo menos uma
Vez

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Baú

O mundo todo parece desligar.
As promessas se vão;
As palavras, em vão,
Mentem para os corações mais puros.
Até o céu se põe a chorar.

Nuvens em reação.
Problemas do coração
Compartilhados em simples poemas que causam grande ação.

Rimar com as mesmas palavras,
Ferir com as mesmas espadas,
Rasgar em duas cortadas.
São duas ruas curvadas.

São caixas
Vazias
Inúteis
Estúpidas
Não tem direção
Não tem condição
Não tem destino
Não tem situação.

Acontece no amanhecer,
O que ofuscou na razão.
Acontece no anoitecer,
O que morreu na sóbria decisão.

Nomes com as suas ruas,
Ruas com os seus nomes.
Nomes com suas ruas.
Interpretação.
Turva direção.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Dimensões

O que você vê quando olha para o céu?
Nuvens...
O Sol...
O Azul...
E quando anoitece, que tudo fica limpo,
E você vê o céu mais claramente..
A Lua...
As estrelas...
Os planetas...
A Via Láctea...
Os astros..
E você se dá conta de que, é apenas um grão de areia do meio de muitas dimensões...
A ciência...
Os humanos.
Quando você olha pra o céu, você pode estar olhando para os olhos de outro ser.
Talvez este esteja tentando sobreviver, como você, e eu.
Tentando imaginar o que é que existe além do espaço e do tempo.
Além da gravidade, dos cálculos, dos sóis, das luas...
Talvez ele queira, eles queiram entender o que é que acontece com toda a matemática que se estica e se contrai além do espaço e do tempo.
Talvez eles também nem estejam pensando nisso.

Nós achamos os edifícios tão grandes... O Sol tão quente, a Lua tão fria...
Achamos os ricos, os poderosos; e os pobres, os covardes.
Mas ninguém mesmo se vê em terceira pessoa.
Nós. Uma raça lutando pela sobrevivência. Uma espécie.

Sexo. Dinheiro. Drogas. Armas. Poder. Família. Festas. Felicidade. Diversão;
E o nosso destino?
E o nosso planeta?
Um grão de areia em uma caixa de areia onde tudo pode acontecer.
Um plano fictício dentro de uma dimensão, dentro de milhares.

Mas ainda, os edifícios parecem enormes.

domingo, 14 de junho de 2015

Reflexo

eu perdi um amigo
eu perdi oportunidades
perdi uma garota linda, linda
perdi muito dinheiro
gastei muito dinheiro pra quem tem muito dinheiro pra gastar
não sei mais quanto eu tenho no banco
e nem quero saber
preciso de uma pausa dos cigarros, da bebida
preciso tomar conta de mim

tem vezes que você se olha no espelho, e não é apenas o reflexo que você vê
mas você se vê por inteiro
pelos na cara
olheiras de dias e dias sem dormir
a tatuagem
os dentes
as rugas de quem fuma
as dores de quem bebe
e quando você se olha nos olhos
você vê as lágrimas que vem
que vem dos pensamentos
das coisas que perdestes
das garrafas que bebestes
das oportunidades que perdeu
do amigo que perdeu
e você imagina
e imagina
e imagina
como pode consertar tudo isso
como pode parar de ficar de ressaca todos os dias
como economizar
como parar de delirar
como reduzir no álcool, na nicotina
como branquear os dentes
como se salvar do mundo
como tomar conta de você
e na filosofia da coisa toda, vem o pensar e o pesar do mundo nas costas
exército
sociedade
ego
auto-estima
ética
conduta
moral
trabalho
emprego
escola
estudo
família
dinheiro
roupas
aparência
sociedade
sociedade
e até aonde tudo isso vai me levar
e até aonde tudo isso vai nos levar
e aonde vou acabar no fim
as músicas depressivas já não me fazem mais chorar
o que me faz chorar é ver como a minha mente brinca comigo

viajando pelo mundo
tentando achar uma maneira
de ser feliz

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Miscelânea II

aí a voz da razão vem me perturbar mais uma vez
e a voz da razão é tão chata quanto as garotas de voz fina, que
gritam e gritam e gritam com seus celulares na mão
igual galinhas,
é, galinhas no cio
as vezes essa voz dessa tal razão me irrita
grita e grita igual as galinhas
e quando eu menos espero
ela me fala tantas verdades que
nem um suposto vagabundo como eu quero ouvir
ela fala a realidade
e fala como eu devo me vestir, e com quem eu devo sair, e como que eu devo sair, e como de tudo e todos e tudo
e todos
enche o saco, mas é a única ajuda que eu tenho pra não perder o caminho nessa vida de merda

gosto de ficar sentado aqui o dia inteiro na frente de um computador do que viver debaixo do sol exercendo uma profissão que talvez eu nem goste
pedras voarão e pedras voaram
e atingem-me como se fossem palavras da razão
que as vezes também
atingem
mais forte

mesmo tão novo nesse mundo, já da pra comparar a vida com bosta
o mundo é um lugar bonito, é mesmo
tem sexo, tem bebidas, tem cigarro, tem amor, tem todas as baboseiras do amor, tem todos os males do cigarro, tem todo o prazer do sexo, tem todo o álcool da bebida
tem de tudo
mas o sentido dele existir para mim é vil
preferimos o sexo a bebida o cigarro muitas vezes do que o amor
sabe quando você começa a questionar a existência,
e aquela papelada na mesa do seu escritório,
subitamente,
torna-se inútil?

da vontade de se atacar da janela e voar por aí, sentir a liberdade que o vento na cara tenta imitar
liberdade, felicidade
engraçado até como o dinheiro tem a cara de deus
e até a cara dos animais, as vezes
e até a cara das pessoas importantes na história
rainhas, príncipes, duques, presidentes, reis,
um valoriza o ego,
o outro é a ironia,
e o outro é a devoção
como ser livre se deus faz você trabalhar por um quadro dele?
como viver se extraímos da natureza os recursos mais importantes para que a terra fique viva?
e como ter a auto-estima alta se ainda acham que existem pessoas melhores que as outras?
com um tiro você morre, e o presidente dos EUA também
é muito mais difícil de entender os humanos do que de entender os animais
sinceramente, não sei quem é que destrói florestas inteiras para fazer propagandas a favor da natureza

realmente, se houver uma terceira guerra mundial, ela acaba com o fim de nós mesmos

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Ela

Você já se sentiu como se estivesse preso dentro de si mesmo?
Você já sentiu como se já tivesse sentido tudo o que há pra sentir?
Ou já sentiu como a vida é curta?

Eu tenho memórias vívidas do seu sorriso, e do seu cabelo, e dos seus lábios..
Tudo como se tivesse acontecido ontem; a momentos atrás; a segundos atrás.
O beijo que eu menos gosto é o beijo de despedida.
Como ela manchava meu rosto e meus lábios inteiros com batom.
Como ela sempre esta cuidando da irmãzinha dela.
Aquelas memórias silenciosas dela sorrindo para mim, com os cabelos ao vento, enquanto sorri para mim com os olhos lentamente se fechando.
E eu encarando-a, frente a frente, trocando olhares, e seus olhos mirando meus lábios, e os lábios dela com um sorriso maravilhoso, com seus dentes perfeitos, com seu gosto único, com seu cheiro tão bom, com seus beijos alucinantes, e com seu jeito lindo.
Tudo com ela é bom.
O jeito como eu gosto dela, o jeito como eu deliro quando estou com ela.
Ela.

Ela
Que me faz escapar de quem eu sou.
Que me faz amadurecer.
Escapar dos dias nublados em que estou solitário em casa.
Dos dias ruins, das noites ruins.
Dos demônios que me assombram, e das silhuetas que me aterrorizam.

Todo dia é a mesma coisa.
Dia nublado, depressão que me faz alucinar.
Brigas, e problemas, e pensamentos negativos, e problemas, e problemas..
Enquanto fumo minhas besteiras, enquanto penso nela sem parar;
A única coisa que me faz escapar disso tudo.
Ela.

Ela

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Lágrima

existem certos acertos
existem erros confiáveis

a súbita realidade
que cai em cima de nós
quando paramos
paramos

apenas por estar
ou apenas por viver
e perceber que
é em vão
o que gastamos
o que lutamos
pelo papel que nos controla
e que não é em vão
os amores que beijamos
e as noites que conversamos
e bebemos
sem esperar pelo amanhã

empregos
gravatas
faces que nunca mais veremos
e dinheiros que nunca economizaremos
e casas que nunca deixaremos
e caminhos que nunca seguiremos

não há dificuldade
e não há percepção
apenas o único caminho
que dá na mesma direção
e acaba na mesma prisão
de madeira
e de pregos


lembranças
semelhanças

as vezes não quero mais tudo o que nos dá moral
as vezes não quero mais me integrar na multidão
apenas eu
ser apenas eu
ser eu
eu

deus está nos papéis que nos aprisionam
liberdade
devoção
religião

expansão

a realidade

"o homem certo
no lugar errado
faz toda a diferença do mundo"


domingo, 3 de maio de 2015

Triagem

as vezes eu sinto que
morto em solidão
eu ainda morro ao voar

as vezes eu vejo que
mesmo extraindo da canção
o mais doce do escrivão
ainda caio em pesar

com a vasta convivência
adquirindo experiência
você começa a perceber
que a solidão não é um precipício
a solidão é uma escada

a cada passo para cima
é um metro para baixo

no sonho vivo
são milhões de estradas
para lugar nenhum

já não consigo mais aliviar as dores salgando o paladar
nem inibir a presença de quem um dia, pôs-se a me amar
nem bloquear os cacos que me fazem sangrar
ou derrubar os pilares que só sabem segurar
as pontes que me levam para longe de casa

eles brincam com os mortos
nós rimos com os vivos
eles comem os impostos
nós pagamos os amigos

aonde as ruas se encontram
é aonde eu devo estar
aonde os postes balançam
é o lugar que prefiro amar

os pingos molham o caminho
que já é difícil de achar
e eu escrevo as palavras
mais longas de aguentar

vejo olhos e aparências
e no mais simples revelar
vejo personalidades e existências
tão tristes de aguentar
mas ninguém vê quem realmente sou
apenas gostam de julgar
ou o cabelo, ou as roupas
vão agora, me crucificar

passo em horas e minutos
o que não gostam de anotar
vejo cada amigo próximo
com mentiras me torturar
vejo cada olhar distante
com um sinal, me chamar

o precipício do amor
se enche com fardos grandes
pesados pra quem os carrega
e cada minuto em perdição
o morto já esta em ação
o sentimento que estoura o coração
e mutila a solidão

sonhos lúcidos dão milhares de estradas
para lugar nenhum

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Som

sou o avião que
cai em pesar
sou o fardo que
te sobrecarrega sem avisar
sou a lente que
te enxerga sem avistar

sou a mente que
te come sem abalar
sou a luz que
te nega sem exagerar
sou o mar
que te leva sem caminhar
a onda que
te molha sem enxaguar
e seca sem aquecer
e nega sem dizer

o sol que
te ilumina sem escrever
e te abandona sem escurecer

sou a vida que te
vive sem imaginar
como seria um mundo aonde
os ricos comem na mão
e os pobres manobram comendo
os restos que as mãos deixaram
e que as vidas andam bebendo

o puro prazer de pensar
em ter uma pessoa pra amar
e apenas esperar pra chamar
e esperar para ser
e crescer para ver
que a bola faz a física
a água faz a química
e você faz a filosofia
a filosofia da sociologia
integrada em ondas irreais
com estímulos mentais
que vivem o sol de
cada dia
o sol que aquece sem brilhar
e mata sem tocar
o suspeito perfeito

a parede que tomba sem desmoronar
o amor que ama sem magoar
é o mesmo que magoa sem amar
e o mesmo que afoga sem saber nadar

o calor que abafa o peito
ao pensar em fotos impossíveis
é o calor que queima a razão
e quebra o silêncio
você
ao pensar no impossível

as vezes é uma folha de papel
as vezes é um líquido irrelevante
as vezes é um processo mirabolante
matemático e estressante
ou um trabalho
enjoante
com pupilas
arrogantes
que vigiam a noite e protegem o dia
é alucinante

quero sabe aonde que leva
aquele horizonte pitando de azul
quero saber aonde que dá
o infinito negro que roda do norte ao sul

queria achar um jeito de realizar os meus sonhos mais impossíveis
queria achar um jeito de me expressar com as palavras mais irreversíveis
aquelas que desenham árvores no coração
aquelas que moldam a essência da alma
aquelas que apagam a velha canção
aquelas que desgastam a mais nova calma
e um jeito de expressão aonde tudo é normal
sem surpresas nem alarmes
e sem tropas com estandartes estampados em seus peitos
ou flores com estandartes que balançam com o vento
e sem músicos com estandartes que afinam uma canção
tocando o instrumento da redenção
da solidão

quero viagens com longa duração
e amigos que cobrem o vazio do coração
com bebidas que acalmem o ritmo da batida
que bombeia o fundamental para nossa diversão
e mentes que compreendem a sua insanidade
aonde todos ficam a vontade
e sem mais
nem menos
a rua para a eternização

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Eles

As vezes eu sinto viajar na solidão
Que me foi deixada pelas mesmas mãos
As mesmas mãos que selaram o destino na compaixão

Destino
Como sentir que eu não controlo minha própria vida
Meu próprio fazer
E tudo esta programado
A acontecer

Como voar
Em um sonho sem fim
Ou como cair
Em um pesadelo tão horrível assim

Faço perguntas com respostas que não quero ouvir
Respondo questões que só fazem os outros rir
Me embebedo com simples sentimentos
Me machuco com coisas que nunca senti

Me acho perdido em lugares que nunca vivi
Em lugares em que eu já estive
Em lugares aonde só eu posso estar
Eu me perco sempre quando vou explorar
As falhas do meu amor
As imperfeições do meu calor
Os erros da minha dança
O mal da minha criança
Que ainda vive em mim

Vejo os sorrisos
EU sinto as pessoas
Eu sinto o céu
E eu sinto o calor do sol

Eu mais uma vez me senti vivo
Como se eu pudesse finalmente respirar o ar
Eu me sentia livre
Eu me sentia completo
Como o sol, que não tem deus algum

Eu morria mais a cada vez que me curavam
Eu me perdia a cada vez que me encontravam
Eu me esvaia a cada vez que me revelavam
A cada vez que me olhavam

São apenas corpos que quebram

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Sempiterno

existem dias que os tabuleiros
mudam de cor

existem horas em que os ponteiros
marcam o tempo da dor

existem dias em que os morteiros
lançam confetes de cor
de sangue, de amor
de dor

existem segundos em que os olhos
passam pelo inferno e voltam
agradecendo ao resto do dia que chegou

existem beijos que selam
e outros que enganam os olhos do amor

existem olhos que piscam
e marcam o laço da infidelidade e do pavor

existem aves que voam
para um lugar que se desconhece o perigo
e sobre tudo o que falam é de amor

amor
palavra tão errada
e tão leal
pronúncia tão universal
direito tão limitado
e garantido pelo metal que cravamos no osso
pelo metal tão falso
pelo metal tão brilhante
e é esquecido a razão
que tal palavra veio a existir
não por anéis
não por burcas
não por atitudes
mas por amor

amor por amor
olhares fitados
corpos entrelaçados
solidões tão distantes
muito mais que anéis
muito mais que burcas
muito mais que atitudes
mais por amor

até quando moldaremos a natureza para exibir a evolução
até quando mataremos as presas que só caçam em prol de sua geração
até quando colocaremos diamantes
e couro
e unhas
e dentes
e ossos
e pele
e sangue
e cabeças
e patas
e braços
e pernas
em materiais tão naturais

a solidão se manifestou
as lágrimas caem em monte
eu perdi o que mais valia
eu perdi minha família
eu me sinto incompleto
eu me sinto escasso
eu não me sinto mais
amado

apenas beijos em vão
abraços em vão
corpos em vão
que sentiram meu calor
degustaram do meu gosto
e partiram para o horizonte
em busca de outras razões
de outros gostos

e as belezas que importam
já não se interessam pelas minhas
as belezas da personalidade
pois se a beleza dos olhos azuis reinasse esse mundo
os deuses estariam mortos

segunda-feira, 23 de março de 2015

duvidosa armação

não são rimas
ou danças
não são sinas
nem perdão

são transas e
semelhanças
que nos atraem
de vão em vão

são poetas sem
sentido
quebrados por uma
rima sem razão

são preguiças
descabeladas
encontradas em
nenhuma ocasião

as vezes eu paro e penso
o que será que ainda existe por aí que pode ser amado e
que pode ser beijado e
que pode ser
confiável e
que
pode ser válido

o amor
ou a dor?
ou a cor
de cada
sentimento
espalhado pelo metafísico
desta realidade
desvirtuada

ou são os dias cinzas
que vejo através destes olhos castanhos
ou são os ventos
que me levam para cada dia mais longe
ou são os pecados
inconfiáveis soluções
de eternas razões
pelo qual os crimes
foram cometidos
e
sempre repetidos

sinto a água cair
e o ouvido até chega a zunir
e a agonia começa a fazer efeito
e a dopamina sai do seu leito
e a adrenalina administra-se em
correntes sanguíneas
de drogados e
loucos
e pessoas normais
que se fingem de loucos
e loucos
que são normais
tudo iguais

únicas peças em coleção
velhos filmes gravando a ação
novos tempos em decomposição
mentes rasgando o trovão
chaves trancando a prisão
sonhos caindo ao chão
peças tombando em vão
olhos abertos sem razão
revoluções armadas sem coesão
tudo mentira de uma nação
tudo jogada da águia e do pão
e do circo imaginário
que atormenta a ilusão

sinto cordas presas
e junto a mim
a solidão

que brinca comigo
como se fosse morto
mas é
real

mais do que
você imagina

é real
mais do que
a realidade em vão

a pedra que carrego
em minhas
costas
são pedras do tormento
lamento
não poder fazer a lua sorrir

todas as runas
de todos os pagãos
razão
para deuses
rebelarem-se

todas as verdades
são as minhas mentiras
talvez eu seja
fruto de uma árvore
morta

talvez eu nunca ache
o amor
talvez eu nunca ache
a dor
talvez eu nunca ache
a luz
talvez eu não me encache
na cruz
se ele não me falasse
com capuz
eu saberia quem seria
quem sou e quem sabia
da verdade óbvia

domingo, 15 de março de 2015

Escala sete por sete

tem vezes que
eu me acho mais
interessante
que todas as outras pessoas
e é nesses
dias
que eu acho que posso
chegar no meu
limite
e é nesses dias
que eu saio pra beber
com os demônios
que ficam
falando
e comentando
tudo que tem de ruim
e quando eu deixo
a tentação do cigarro me
dominar
começo a pensar que
não sou mais interessante
que ninguém
só alguém que quer
mostrar a solidão pra ganhar
conselhos e não
ouvir nenhum

quarta-feira, 11 de março de 2015

ViVinho

questiono os caminhos
desenvolvo a reação
para eu poder achar o ninho
e escapar da tal prisão
que nos prende todos aqui
em lindos dias de devaneios
e feios céus cinzas e nublados

vejo o choro familiar
ouço a voz falar
que se arrepende amargamente
de tudo o que viveu
até aqui e até agora

não consigo levantar da cama
tem dias que tudo é dobrado e amassado
como uma folha que já não é mais verde
há tempos e tempos
e eu me esqueci
de comprar os remédios
para tratar esta loucura que é
viver sem pensar
viver sem medo
viver sem viver

pra tratar das canções antigas
que só colocam curativos nos mesmos lugares
que já foram curados
há tempos e tempos

o amor traz esperança
em lugares que a luz já não habita mais

e o acalento traz a segurança
para os braços daqueles que já vivem em paz

gostamos de ganhar
e gostamos de perder
só se perde e se ganha
aquele que sabe viver
sem ter a lua pra chorar
e a pedra fria jaz a acalentar
o coração de quem clama por saudade
nos parques da liberdade
aonde o verde costuma transar
com os ventos, navegar
e a maré, libertar
e partir

como partem os amantes
levando todo o coração
todos os pedaços que sobraram
de cada trecho da velha canção
e de cada poesia que se teve
em cada velho ancião
que cada neto aprendeu
em vão

de todos os lugares
deu pra ouvir o vento chorar
de todos os bares
deu pra ouvir a garrafa quebrar
e cortar, a mão que alimentava
os pobres que sustentava
em pleno ar de ocasião tão casual

me perdi nos risos falsos
e me encontrei nos espelhos rachados
em cada parte desta calçada
jaz um pranto em meados
meados de uma época tão distante

logo reparo teu semblante
em cada aorta que bombeia o meu sangue
em cada neurônio que escreve este poema
e em cada tecla que concretiza esta canção

é esquecida
é abandonada
apodrece
cai viva, e morre deitada
tenho uma e mais mil
respostas para uma grande questão

é a solidão
que concretiza a reação
que fabrica a poção
do amor
com tanto louvor
e tanto calor
e tanto sabor
e tanto vigor
que existe em compaixão

ao próximo
ao irmão
do sorriso mais caro
à mente mais aberta
do bolso mais farto
à vida mais esbelta
que é moldada pelos caminhos
que escolhemos com imprecisão

na hora de chorar
gritamos para o colchão
e encharcamos o travesseiro
clamando por perdão
ao nosso coração
que já é todo remendado
com pedaços de outros vinhos
que compõe a solidão

é como não querer aprender
a ser um louco sem razão

durou mais que cem mil anos
a tortura da razão
e viveu mais de cem vidas
o querido anfitrião
que habita todo o mundo
que criamos em coesão
do vinho mais barato
ao cigarro na mão
escrevendo tais poemas
sem sabedoria
ou tesão

domingo, 8 de março de 2015

Rubro

Tem vezes que sempre a vida perde o sentido.
Tem dias que o sol perde o seu brilho.
Tem horas que eu vejo as pessoas mentirem na minha cara.

Tem minutos que eu me pego em devaneio

E segundos que eu penso em errar.
E nunca aposto em mim.

Tem, sempre tem, algo pra chorar.
E sempre tem alguém pra te trair.
E sempre tem a chance, a porcentagem,
 do inacreditável acontecer.

É tudo tão vermelho.
E tudo tão cinza.
E tudo tão embaçado.
Só as estrelas brilham para o caminho certo.
Os ossos do universo.


quinta-feira, 5 de março de 2015

Carga Eletrônica

As lembranças se quebram
Com um cigarro no cinzeiro
Um cenário imaginário que flutua
Como uma alucinação
Ou um cheiro
Ou um travesseiro

São com passos vazios
Que eu escrevo meus caminhos
Com armas pontudas
Que eu corto cada vista que eu não gosto
Com um sentimento tão nublado
E um vinho barato
E um cigarro apagado
Sentindo a chuva cair, e meu corpo subir
O fedor
Da jaqueta de couro
E a blusa de banda
E a calça rasgada
E o tênis esburacado

Faróis já são pontos bem pontiagudos
Através das lentes da armação
Pessoas
Conversas
E a transa
Que me passa pela cabeça
E a fumaça do tabaco que sobe pelo meu nariz
E o filtro amarelado que polui os meus dedos
Já; e goleando a garrafa que queima a garganta

Já me passou o sentimento de solidão
Já entrou;
 e saiu

Eu lembro de ver os mesmos rostos
De sentir os mesmos gostos
E senti novamente, a vontade de gritar
A noite boêmia que consumia a cada segundo
Uma parte a mais do meu cérebro
Da minha mente, que enlouquecia
Meu inconsciente já percebia
Que a cada pingo que caía
A cada gota que subia
A cada partícula de etanol que eu ingeria
Era pra mais soberania
Pra mais alegria
E mais ousadia
E mais gritaria
Os pensamentos solitários me infestavam
As pessoas totalitárias me comandavam
E eu me prendia
Me rendia
Me sofria
Me perdia
Em total desilusão
E eu via as mascaras cair
E todas tombaram ao chão
E todas tombarão
Quando o ego descer
Do seu pico de alusão

A noite me arrependeu

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Alma Desesperada

Tudo que retruco
Retruco em prosa

Tudo que desabafo
Desabafo em ultrarromantismo

Tudo que escrevo
Porém
É em Rondel

As vezes deixo os pensamentos ecoarem
E deixo as pessoas falarem
O quanto elas quiserem
Sobre a situação

Até hoje me arrependo
De ter enfiado minha alma numa garrafa vazia
E ter embebedado um porcento a mais de um mendigo qualquer

Lembro de quando eu tentei sonhar
Com os sonhos mais comuns
E tudo o que eu pude imaginar
Foram asas quebradas e uma garrafa vazia de rum

Lembro de quando eu pude ouvir de novo
As vozes dos devaneios
 -Não fique aqui

Lembro de quando eu pude estudar
Todas as coisas que se moviam
E pude ver o tempo parar
Entre sorrisos quebrados
Olhares embaçados
Celulares, focados
Câmeras e luzes
Reações e capuzes
Pude aprender sem perguntar
E entender sem ter que falar
Um a

Deixei tudo pra você
Até as desconsiderações
E até a lista que você escreveu
Pra eu poder ser seu

Não consegui escapar
Desaparecendo
Nem consegui resgatar
Me importando demais

Eu me preocupei demais
E isso foi problema
Eu perguntei demais
E isso foi problema
Eu quis demais
E isso foi problema
Foi o que eu podia dar
Foi como eu consegui imaginar
Foi a lista que eu segui
E só seguindo essa lista
Consegui me libertar
Você que escreveu

E eu que queimei

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Vida

Tão frágil
E tão importante
E tão fascinante

A menor lâmina
Perfura até o material mais duro
Quebra até os átomos mais juntos
Fura até a matéria mais negra
E separa as moléculas com tanta facilidade

E fura
E sangra

E percebemos como somos pequenos
E como o mundo tem de mudar

Como o verde tem que lutar
E como o branco tem que parar
De julgar a cor de cada flor
De cada máquina incrível que habita esse mundo
Essa terra

Cada estrela brilha pra cada um
Não deixe a estrela apagar

Todos seguem caminhos diferentes
Pra chegar ao mesmo lugar
A felicidade
O prazer
O amor
E beijar
E abraçar
A vida mais bela
O dom mais raro
Que nos foi dado

Viver
Como nunca vivemos antes
E falar
E realizar
O que ocupa nossa mente

No chão
No prédio
Na cidade
Na região
No país
Na terra
No sistema solar
Na via láctea
No universo
No infinito,
 e além

E como somos capazes de mudar
De jogar fora todo o preconceito
E todo o racismo
De espantar todas as sombras do medo
Da solidão

De viver e sentir
O que há pra sentir
E o que tem pra viver

Imaginar
Sonhar

Não deixe o seu sonho acabar
Sonhe e realize
Antes de sentar e chorar
Pelo leite que nem sequer foi posto no copo

Corra atrás
Viva
Tente
Lute
Conquiste
Consiga

Beba
Fume
Beije
Abrace
Escreva
Nasça
Morra
E nasça
 todos os dias
Mais uma vez

Pra sempre


Expresse
Mesmo que não conseguir
Como esta tentativa inútil
Em forma de poema

Cante
E dance

Até o raiar do sol que vem daqui alguns dias
Fuja da realidade
Fuja do sistema e desse ciclo vicioso
Não faça listas
Mas aceite o que tem pra comprar
E use
E abuse
De tudo aquilo que tem
Da liberdade
Do amor

Depois volte ao ciclo vicioso
Que nos prende com uma coleira
E nos leva pra passear todo dia
E gaste o dinheiro
E ganhe o dinheiro
E gaste o dinheiro

E viva
Cada dia
Mais

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Miscelânea

As vezes eu paro pra pensar em todas as tintas que já pintaram as paredes que hoje, fecham a minha sabedoria. Eu já tentei pintá-las de outras cores, mas as cores velhas sempre aparecem.
Outro dia eu percebi como as coisas são tão temporárias. Um dia eu fiquei triste ao perceber que, se eu jogasse minha inteligência por aí, eu teria que esquecê-la no outro dia. Uma hora eu iria compreender outras histórias, e outras formas de conhecimento. Quem sabe até pintar com outras tintas, e usar outros pincéis, ou construir outras paredes.
Um dia eu fiz uma música pra tentar recuperar um sentido que eu talvez nunca tenha de volta. Um dia eu escrevi um poema pra um sentido que talvez eu nunca tenha.
A minha vida eu escrevo em metáforas e eufemismo, assim só quem entende pode ler. Mas todo mundo entende; e todo mundo lê. "É só mais uma novela", ou, "É só mais uma história". Tem vezes que eu encho a cara só pra escapar da realidade, que eu não gosto mesmo de ser muito realista. Prefiro fantasiar algumas coisas pra me convencer de que tudo vai ficar bem, assim eu consigo passar pelo problema de uma maneira mais otimista. Nunca deixo de ser realista na verdade, eu só tento ser otimista pra achar a melhor solução. É mais fácil aproveitar a água que ta até a metade, do que tentar encher o copo e não ter água pra depois ou, ver o copo transbordar. É assim que eu sou idiota. Me preocupando demais e ajudando demais as pessoas que, muitas vezes, preferem virar esse copo no chão e xingar todo mundo de filho da puta. Eu amo demais, eu fantasio demais, e eu aceito demais; mas sejamos realistas. Vamos só viver o que tem pra ser vivido, e amar o que nos ama, e o que tem pra ser amado.
As vezes eu fico pensando que, se eu quisesse viver a vida do meu jeito, eu seria apedrejado por todos esses loucos que ficam aí, engravatados e só dão ordens. As vezes da vontade de só jogar tudo pro ar, e sair por aí pegando, bebendo, comendo e fumando tudo o que eu quiser. Afinal nós somos livres, nascemos livres, e a partir do momento em que a gente vê que tudo é perigoso, e nada é de graça. Você tem fome, você paga. Você tem filhos, você paga. Você quer se divertir, você paga. Acho que qualquer dia desses eu vou pular na fonte de um lugar público e sair correndo até em casa de cueca no meio da rua, no meio da noite, de novo. Acho que qualquer dia eu vou sair por aí com uma garrafa de vinho, e um cigarro aceso na mão, pela cidade, de novo. Só andar, mesmo sozinho, ou tirar vantagem do que eu "não" posso fazer.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

As vezes o rosto cai
Com uma simples canção
Que cura

As vezes a história volta
E o passado vem a tona
E a chuva chove
Como nunca choveu antes

Na janela
O barulho
O silêncio

Está nos jornais
Que já foram vendidos
E nas livrarias
Que já foram fechadas
A história dos anciões
Que já foram assassinados
E o dinheiro de todos os bancos
Que já foram queimados
E o final
Que já acabou e começou
E acabou e começou
Mais de duas vezes

Tem o suspiro mais árduo
Tem a risada mais vazia
Tem a garrafa mais cheia
Dentro de cada coração

Tem o lamento vazio
E a voz da solidão
Dentro de cada distância
E de cada vez que ouvimos: "Não"

De cada felicidade
E de cada sorriso de verdade
E a cada mão que se estende pela bondade
Não pela falsidade
Não pela desigualdade
Mas pela irmandade e pela coletividade
Que falta na humanidade

Podemos ser um só
Podemos cantar a mesma canção
Podemos mentir para o mundo
Mas não para os olhos do nosso coração

Vamos tentar
Vamos arriscar
Ser diferentes
Conscientes

Vamos sentir
O ar
Vamos cantar
O som
Vamos bailar
O ritmo
E afogar
O espírito
Na garrafa
E trancar
E matar

Beijar
Abraçar

Acalentar

Deixar

E fim

Como o único beijo que revive
O sentimento mais belo
Que vaga pelas artérias
E entra pelas aortas
Que bombeia o plasma mais cruel
E mais quente
E mais vívido
E mais independente

O filho chora
Com o pai que se prende
Numa garrafa
Num oceano
De um planeta qualquer

E os ombros
Cada vez mais baixos
E os olhos
Cada vez mais cinzas
E o dia
Cada vez mais tarde
E a tarde
Cada vez mais
Tarde

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Wanderlust

Não é mais, né? Os mesmos gostos
Eu já sei que é preciso seguir em frente, com as velhas roupas
E as velhas falas
E as velhas horas

Eu sei que é hora de me arriscar
De perguntar
De falar
De amar
De dizer o que eu sinto

Vamos em frente
Vamos velejar
No maior barco que existe

Já é como parece que é, já
A vaidade
O momento
O prazer de viver
A momento de vaidade

Vamos sair
Vamos beber
Vamos desabafar na garrafa vazia
E vamos escutar as palavras cheias
De emoção e seriedade
De confissão e iniquidade
De amor de verdade

Vamos aproveitar
A transa
A vibe
A transa da vibe
Que a música fala

Vamos tentar
Arriscar
Sem pesar
Nenhum

É novo
É pra tentar
É pra viver

domingo, 1 de fevereiro de 2015

(In)Sanidade

Será que o meu rosto
É tão real quanto o seu?

Será que o seu gosto
É tão leal quanto o meu?

Quem sabe se eu voltar
Quem sabe se eu aprender a viver
Quem sabe se um dia acontecer
Da confusão se resolver

Quem sabe eu considere
Todas as possibilidades
As chances estão aí
E não falta oportunidade

Distorce a realidade
Enegrece a sanidade
Já cansei de me arrastar pelo chão

Quando os devaneios são loucos
E as mentes são abertas
Eles invadem aos poucos
Eles te matam a beça

Feliz é aquele
Que não sente?

Eu morri faz tempo
Eu perdoei demais
Eu aceitei
Eu me entreguei
Eu traguei
Toda a fumaça
Que já me matou
Faz anos

Já não enxergo mais as paredes
As luzes já me cegaram
Os shows já me mataram
E eu terminei quebrado

Mas, meu, quanto drama
E eu não posso evitar
Só queria proteger
Mas só consegui machucar
E entristecer
Todo o amor que ainda restava
Por ser super protetor
E é tão pesada, essa farda..

Você me abraçava com tanto amor
Seus olhos me olhavam com tanto vigor
E tudo agora, já acabou
E tudo agora, foi deixado pra trás

Foi num dia especial
Numa ocasião sem-igual
Que eu encontrei você
Foi uma agulha no palheiro
Um sorriso tão.. Maneiro
Que brilhou para mim

Seus olhos se fechavam
E nossos lábios se beijavam
Como nenhum beijo já aconteceu

Sua voz me guiava
Me tirava da emboscada
Que a vida armou pra mim

Seu abraço me acalentava
Tirava o frio da noitada
Que nos encontramos, enfim

Eu posso até revelar
Que por criancice minha
Acreditei no seu "Pra sempre"

Que estava escrito na carta
Que dizia que eu não era
Apenas um fogo de palha

Seu cheiro ainda me cerca
E as memórias só torturam
Minha cabeça bagunçada

Que nem consegue
Diferenciar a realidade
Você apostou
Na minha sanidade

Eu te amo
Como nunca amei ninguém
Com a força de mil anjos
Com o amor de todos os beijos
E todos os abraços
E todos os cheiros
E todos os laços
E todas as roupas
E todos os cadarços
E todos os perfumes
E todos os traços
Todos os olhares
Todos os pilares
Que sustentavam nosso amor
Todos os familiares
Que apostaram no nosso calor
Todos os amigos
Que amavam ver a gente junto
Todos os "Pra sempre"s
Que jurávamos em vão
Todos os lugares
Todos os pedaços
Todos os vasos
Que guardávamos nosso amor
Com todo amor do mundo
Te recebi em minha vida
Como todo o amor do mundo
Você foi minha querida
Minha rosa no deserto
Minha linda
Meu amor
Mon amour
Minha essência secreta
Tudo o que compartilhamos

Eu ainda te amo
E talvez nunca pare de amar
Só não posso revelar
Pois senão vão me apedrejar
Por ser tolo demais
E ter o coração mole

Você é muito importante
Para mim, e sempre será
Só me pergunto
Será que, de mim, ela lembrará?

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Milésimo

A janela
Quebrou

O anel
Enferrujou

A chance
Escapou

Mais uma vez


Só percebemos o erro
Quando já é tarde demais

Só saciamos as lágrimas
Quando o fim já é iminente

Só pulamos da janela
Quando o erro se exerce


Só aprendi a lição
Perdendo o que eu mais valorizava
O que eu mais queria
O que eu mais amava

Dói
Uma dor
Doida

Doeu
No nunca mais

Doeu
Ao vê-la indo embora
De costas

Doeu ainda mais
Quando seus olhos já não brilhavam
Quando me viam

Doeu ainda mais
Quando ela explicou
O porquê

O erro fui eu
O câncer fui eu
A doença fui eu

Eu perdi
Eu tenho que me entregar

Se lutar é inútil
Porque que eu tenho que continuar?

Quem sabe eu pare de amar
Quem sabe eu nunca pare de te amar

Quem sabe eu volte ao normal

Quando eu tive que tirar o anel
Quando eu tive que dizer adeus
Quando eu senti minha boca salgar
Você não sabe como doeu

Quando eu quis voltar atrás
Quando eu quis ler a carta
Quando eu abri o envelope
Eu pensei "Deixá-la? Jamais!"

Eu perdi
Eu falhei
A pior sensação do mundo
É de perder quem mais se ama
Quem um dia te ajudou
Quem um dia te beijou
Quem um dia te olhou, e falou:
"Eu não quero perder você"

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

É difícil
Eu gosto de tudo o que a gente tem
Ela ilumina a minha vida
Ela me guia na escuridão

Eu devia ser maduro quanto a isso
Eu devia não agonizar
Eu devia parar
PARA

Eu devia melhorar
Eu vou melhorar
Eu vou crescer

Não vivo sem você
Não vivo

Você é minha vida
Você é

Ela fica tão linda sem maquiagem
Eu fico tão triste quando ela chora
Eu fico tão preocupado, e não vejo a hora:
"Amor, como foi seu dia?"
Eu fico tão agoniado quando tudo demora
Eu fico com tanto medo dela ir embora
Eu fico

Eu sinto
Amor
Amar
Com amor
Com calor
Com vigor

Eu te amo
Amor

Eu fico tão triste quando ela tem que ir embora
Eu fico tão magoado quando ela demora
Eu fico tão aliviado quando ela já chegou

Eu fico tão paranoico quando penso muito
Eu fico tão chato quando falo demais
Eu não quero jogar esses meses fora
Eu não quero viver sem você no mundo lá fora
Eu não quero esquecer esse sentimento tão lindo
Que a gente criou

Sua carta já esta encharcada
Minha cabeça ainda esta desesperada
Vai dar tudo certo
Eu vou te beijar todos os dias
Eu vou te abraçar todos os sábados
Eu vou te amar de janeiro a janeiro

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Só você

Eu sei como você se sente
Eu sei o quanto você me ama
Eu sei o quanto você me quer

Eu amo quando você sorri
Eu amo como seus olhos fecham você esta feliz
Eu amo quando você me abraça quando me vê
Eu amo quando você me beija do nada
Eu amo quando você me ama
Eu amo quando vejo você
Por isso eu espero todo final de semana, pra te ver

Eu quero que você me veja
Eu quero que você me abrace
Eu quero que você me beije
Mais uma vez
Por todas

Eu quero que você me sinta
Eu quero que você seja
A pessoa mais feliz do mundo
Ao meu lado
De uma vez
Por todas

Não quero que você chore
Eu quero que você me namore
Quando estivermos juntos
Sozinhos

Eu quero que você me sinta
Eu quero que você me desculpe
Por todos os erros que já cometi
Eu quero que você fique
Pelo maior tempo possível
E talvez até por todo o tempo do mundo
Ao meu lado

Eu quero que você me entenda
Eu quero que você me veja crescer
Eu quero seguir seus passos
Eu quero que a gente cresça
Eu quero que você me ame
Como nunca amou ninguém
Eu quero ser seu, e ser só pra você
Como já sou

Desculpe por ser criança
Só saiba que a minha infância
Foi pai batendo na mãe
Foi irmã falecendo
E tia morrendo
E tudo acontecendo
Rápido demais

Mas meu amor
Da minha vida
Eu já superei
E já percebi
Como sou insuportável
Como tenho que melhorar
Como tenho que crescer
Para não te magoar

Eu quero escrever
No livro da tua vida
Os melhores capítulos
Tipo aqueles artigos
Que são primeira página
Eu quero dar pra você
As melhores coisas do mundo
Não só materiais, a maioria sentimentais
Te fazer sentir como ninguém se sentiu, jamais

Desculpas é tudo o que peço
E sei como isso já é irritante
Pois sempre peço desculpas
E nenhuma atitude eu tomo, para ir adiante
Eu já mudei isso, e quero que você entenda
Que eu vou fazer de tudo, até te esperar pela vida inteira
Se for preciso
Pois você, meu amor
É o que eu preciso
É o que eu quero
É quem eu mais espero
Nos finais de semana
É a garota dos meus sonhos
Eu durmo só pra sonhar você
E como já foi dito antes:
Meu amor, eu amo muito
Muito
Muito
Muito
Muito
Você
E só você

domingo, 25 de janeiro de 2015

Disfarce Visual

É como todo mundo acha que é
É como todo mundo vê

Ser
Entreter
É como todo mundo acha que vê

Individualidade
A nossa sociedade
Já apodreceu completamente

São máscaras flutuantes
E vendedores ambulantes
De máscaras marcantes
Que escondem o coração

O Passado só marca
Nas linhas do futuro
O que se foi falado até então
Talvez até em vão

Por viver desmascarado constantemente
O torna suscetível, e vulneravelmente
Inconcebível, pelos muros que nos cercam
Pelos postes que nos matam
Pelas luzes que nos cegam

São máscaras para o amor,
E até máscaras para sofrer
São máscaras para dor,
E até de quem faz sofrer

São vários tipos de proteção,
E tudo esta em um
Apenas sabiamente usamos
Quando o oportuno se torna comum
Como quando temos que chorar
Ou quando temos que vencer
As máscaras sempre estão lá
Para fazer a gente saber
Que só assim, aceitados, vamos ser
E sentir
Como um sentimento de vitória
E até com os amigos
Garantimos na história

"Seus amigos..
Que tipo de pessoas..
São eles?
Eu me pergunto..
Esses amigos..
Pensam de você..
Como amigo?"

"Sua verdadeira face..
Que tipo de..
Face ela é?
Eu me pergunto..
Essa face debaixo da máscara..
É ela..
Sua verdadeira face?"

"A coisa certa..
O que é ela?
Eu me pergunto..
Se você fizer a coisa certa..
Isso vai deixar..
Todos felizes?"

"O que te faz feliz?
Eu me pergunto..
O que te faz feliz..
Faz os outros..
Feliz, também?"

Saber usar as máscaras
É saber usar o tempo
Só é preciso achar o balanço
Para ficar confortável, e não ter lamento

Seja você mesmo
Não importa que máscara queira usar
Aprenda também, a essa máscara
Tirar

Pois seus verdadeiros amigos
Seu verdadeiro amor
Se apaixonou pela pessoa
Que se esconde
Atrás
Dessa
Máscara

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Macaco Feliz

já é diferente
de antigamente
que esses galhos eram tão seguros

olha até aonde eu cheguei
quantas árvores atravessei
pra chegar até aqui

agora quase não tenho nada
mas o que preciso eu encontro
ao longo dessa estrada

já passei pro tanta coisa
até vi alguns galhos quebrar
eu achei que ia dar tudo errado
mas descobri como concertar:
é só aceitar
como os galhos quebram
e as árvores caem
pelas pessoas que as cortam

eu me sentia tão seguro
nesses galhos que me rodeavam
agora que eu sai dessa floresta
dos galhos que me cercavam

fui para me aventurar na cidade
no realismo retratado
não aceitei muito bem
mas fiquei no meu quadrado

só não entendi bem
as coisas que me rodeavam
um com a barriga cheia
e o outro passando fome
essas coisas me chateavam

agora já aceitei
a cidade como ela é
e cresci para ser alguém
um macaco que fica em pé
um com a coluna reta
que sabe usar ferramentas

hoje olho para mim
e começo a me questionar
se eu quero a vida simples
que eu tinha antes

agora eu sou
um macaco orgulhoso
macaco vê, macaco faz

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Papel

as vezes eu acho que tenho que praticar a minha escrita
as vezes eu acho que
escrevo
até um pouco demais
em linhas
ou
parágrafos

as vezes eu acho que
só achar
achando
que um dia
a borracha vai apagar
totalmente
o que eu escrevo
no papel

é como escrever na pele
é como se a pele fosse o papel
a pele guarda tudo isso
na memória

escrever a lápis
cuidado com o 6B
essas escritas nunca somem
e borracha nenhuma apaga
ainda o amassa e deixa marcas

cuidado para não rasurar com a caneta
pois com esses rabiscos imperfeitos
qualquer um sabe que você errou
qualquer um vê suas falhas

cuidado para não suar muito
pois isso borra todo o lápis
e isso estraga toda a tinta
que você escreveu

escreva os capítulos, com calma
escreva as histórias, com detalhes
pois se você for apagar para adicionar estes depois
todos vão ver que você se esqueceu
e todos vão jugá-lo: "porque você nasceu"

a minha folha eu já troquei mil vezes
e ainda troco sem parar
me culpo por ser assim
nunca parar de errar

não prevejo o futuro
mas este estou a planejar
quero uma vida saudável e feliz
e sei que ainda posso realizar

a folha rabiscada
é só mais um obstáculo para enfrentar
posso estes superar
posso, a minha mente, ensinar

como as palavras, tão simples e complexas
é só ouvir, e a gente compreende
no tom certo ou na hora certa
essas até surpreendem

somos todos diferentes
mas todos vivemos pela mesma razão
sobreviver e viver
nesse mundo louco
que parece até ilusão

palavras são tão ricas
e tão cheias de informação
de um simples sim a um simples não
de uma forma: vai; da outra forma: vão
é muito louco explicar
eu? não sei dizer não

mas mesmo assim eu ainda acho
que não podemos esquecer do papel
aquele no qual escrevemos nossa vida
e talvez seja nossa entrada para o céu

com o lápis e a borracha
a inspiração nessa estrada
escrevemos toda a história
a história que conta nosso tempo
nossa vida e nosso lamento
pelos que já se foram

não podemos evitar
os acidentes e os desastres
não podemos esconder
os defeitos que lhe escapem

é muito complicado entender
só podemos compreender
como que funciona esse mundo
esse pedaço de terra flutuando no infinito
esse osso do universo, tão redondo e tão bonito
essa gaveta que guarda a vida de cada um
cada memória, cada pedacinho de história incomum
tão confuso e sem razão
existindo sempre em vão
e vivemos nessa coisa
que orbita um estrelão
um puta de um estrelão

é.. então vamos vivendo com emoção!